Previous Page  13 / 36 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 13 / 36 Next Page
Page Background

superior a R$ 7 bilhões no SUS. Com

isso, os juízes poderão consultar pa-

receres médicos e jurisprudências

em uma base única de dados, que

demandou investimento de R$ 3,3

milhões para ser construída (Pro-

grama de Desenvolvimento Insti-

tucional do Sistema Único de Saúde

Proadi/Hospital Sírio-Libanês).

Tabela SUS

É um tema recorrente, mas posso

adiantar que não haverá reajuste nas

tabelas, pois não temos capacidade

financeira. O subfinanciamento pro-

vocou uma série de desigualdades,

por isso as negociações serão pon-

tuais. Precisamos rever o sistema e

não vamos fazer mais remendos. Va-

mos informatizá-lo para saber tudo o

que ocorre no SUS e propor a solução

financeira que remunere a todos de

maneira adequada.

Conitec – Comissão Nacional

de Incorporação de Tecnologias

no SUS

A partir de agora, as decisões se-

rão baseadas apenas sob o ponto

de vista da eficácia, e não mais fi-

nanceiro. A incorporação será con-

dicionada à decisão do ministro

sob o ponto de vista orçamentário.

Vamos discutir valores no atacado

e, se for possível, incorporaremos.

Farmácia Popular

Não pretendemos acabar com a

Farmácia Popular como foi cogita-

do, mas vamos racionalizar custos

e diminuir fraudes, pois 40% das

auditorias comprovaram fraudes.

Estamos buscando uma solução

para não sermos enganados nesse

processo.

Provab – Programa de

Valorização do Profissional da

Atenção Básica

Hoje, quem se encontra no progra-

ma

vai receber o certificado, desde

que cumpra as exigências, mas não

pretendemos chamar mais pessoas

para o programa. O estágio de um

ano em Medicina de Família não

resolve nada e só serve para o parti-

cipante levar vantagem nos cursos

de especialização. A pesquisa que

fizemos revela que 96% não farão

especialização em Medicina de Fa-

mília, ou seja, está servindo só para

oferecer vantagem na especializa-

ção e poder concorrer emvantagem

contra outros.

Atrasos de salários

Acho que estados e municípios que

não estão repassando recursos te-

rão que ser onerados. Hoje, o SUS é

uma grande confraria. Você repassa

o dinheiro e ninguém tem que pres-

tar contas, mas a partir de agora

isso vai ser obrigatório, e será um

dos fatores de punição aos nossos

parceiros do SUS que não cumpri-

rem essa medida.

Alta complexidade

Diante da tecnologia atual, o que

pode ser considerado de alta com-

plexidade? Preciso da ajuda da AMB

para definir uma nova ordem, pois

há doenças e procedimentos que

não devem ser mais inseridos nesse

contexto. Vou aguardar essa posi-

ção da classe médica.

Residência médica

A tendência de reajuste para quem

atua no serviço público é zero, pois

não temos financiamento para isso.

O mecanismo de greve como ins-

trumento de pressão não é aceitável

para quem atua no serviço de saúde.

Além disso, governos e municípios

têm autonomia e não podemos man-

dar que gastemmais do que têm.

Saúde Pública

César Teixeira

Diretores e presidentes de especialidades

e federadas tiveram chance de fazer

perguntas ao ministro. Na foto, o diretor

de Comunicações da AMB, Diogo Sampaio