superior a R$ 7 bilhões no SUS. Com
isso, os juízes poderão consultar pa-
receres médicos e jurisprudências
em uma base única de dados, que
demandou investimento de R$ 3,3
milhões para ser construída (Pro-
grama de Desenvolvimento Insti-
tucional do Sistema Único de Saúde
–
Proadi/Hospital Sírio-Libanês).
Tabela SUS
É um tema recorrente, mas posso
adiantar que não haverá reajuste nas
tabelas, pois não temos capacidade
financeira. O subfinanciamento pro-
vocou uma série de desigualdades,
por isso as negociações serão pon-
tuais. Precisamos rever o sistema e
não vamos fazer mais remendos. Va-
mos informatizá-lo para saber tudo o
que ocorre no SUS e propor a solução
financeira que remunere a todos de
maneira adequada.
Conitec – Comissão Nacional
de Incorporação de Tecnologias
no SUS
A partir de agora, as decisões se-
rão baseadas apenas sob o ponto
de vista da eficácia, e não mais fi-
nanceiro. A incorporação será con-
dicionada à decisão do ministro
sob o ponto de vista orçamentário.
Vamos discutir valores no atacado
e, se for possível, incorporaremos.
Farmácia Popular
Não pretendemos acabar com a
Farmácia Popular como foi cogita-
do, mas vamos racionalizar custos
e diminuir fraudes, pois 40% das
auditorias comprovaram fraudes.
Estamos buscando uma solução
para não sermos enganados nesse
processo.
Provab – Programa de
Valorização do Profissional da
Atenção Básica
Hoje, quem se encontra no progra-
ma
vai receber o certificado, desde
que cumpra as exigências, mas não
pretendemos chamar mais pessoas
para o programa. O estágio de um
ano em Medicina de Família não
resolve nada e só serve para o parti-
cipante levar vantagem nos cursos
de especialização. A pesquisa que
fizemos revela que 96% não farão
especialização em Medicina de Fa-
mília, ou seja, está servindo só para
oferecer vantagem na especializa-
ção e poder concorrer emvantagem
contra outros.
Atrasos de salários
Acho que estados e municípios que
não estão repassando recursos te-
rão que ser onerados. Hoje, o SUS é
uma grande confraria. Você repassa
o dinheiro e ninguém tem que pres-
tar contas, mas a partir de agora
isso vai ser obrigatório, e será um
dos fatores de punição aos nossos
parceiros do SUS que não cumpri-
rem essa medida.
Alta complexidade
Diante da tecnologia atual, o que
pode ser considerado de alta com-
plexidade? Preciso da ajuda da AMB
para definir uma nova ordem, pois
há doenças e procedimentos que
não devem ser mais inseridos nesse
contexto. Vou aguardar essa posi-
ção da classe médica.
Residência médica
A tendência de reajuste para quem
atua no serviço público é zero, pois
não temos financiamento para isso.
O mecanismo de greve como ins-
trumento de pressão não é aceitável
para quem atua no serviço de saúde.
Além disso, governos e municípios
têm autonomia e não podemos man-
dar que gastemmais do que têm.
Saúde Pública
César Teixeira
Diretores e presidentes de especialidades
e federadas tiveram chance de fazer
perguntas ao ministro. Na foto, o diretor
de Comunicações da AMB, Diogo Sampaio