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Gastronomia

D

e acordo com uma pesquisa

encomendada ao Ibope In-

teligência pela Associação

Brasileira da Indústria de Chocolates,

Cacau, Amendoim, Balas e Derivados

(Abicab), o consumo anual de chocola-

te no país é de cerca de 2,5 quilos por

pessoa, o que faz dele o doce da vez, o

preferido dos brasileiros.

Mas não são só as fábricas de choco-

late que aguardamansiosas por essa épo-

ca. Os chocólatras também comemoram,

e há boas notícias para que eles possam

desfrutar dessa delícia sem culpa. “A má

notícia, que fica como um alerta, é que

ele deve ser consumido com moderação

e que as vantagens estão mais presentes

no chocolate amargo, que temmenos lei-

te e maior concentração de cacau”, reco-

menda o médico nutrólogo Durval Ribas

Filho, presidente da Associação Brasileira

deNutrologia (Abran).

Os benefícios do consumo de cho-

colate têm estimulado toda a sorte de

estudos e experimentos no ambiente

acadêmico mundo afora. Só para citar

alguns dos muitos exemplos: a Universi-

dade de Linköping, na Suécia; a Univer-

sidade da Pensilvânia, nos Estados Uni-

dos; a Universidade de Melbourne, na

Austrália, e, aqui, no Brasil, a Universida-

de Estadual de Campinas (Unicamp), a

Universidade Estadual do Rio de Janeiro

(Uerj) e a Universidade Federal da Bahia

(UFBA) são algumas das instituições de

ensino que se debruçam sobre o tema,

envolvendo equipes multidisciplinares

formadas por médicos, nutricionistas e

educadores físicos.

Amaior parte desses estudos procura

mostrar que o chocolate amargo – aquele

que contémentre 60%e 90%de cacau em

sua composição – pode ajudar a prevenir

doenças cardiovasculares. O alimento ga-

nhou

status

de funcional por causa dos

flavonoides presentes nas sementes do

cacau. Essas substâncias têm ação antio-

xidante, melhoram a circulação e o fun-

cionamento das células cardíacas. Quanto

maior o percentual de cacau, quantomais

escuro for o chocolate, mais flavonoides

ele conterá. Entretanto, as pesquisas na

área reforçam que esses benefícios estão

relacionados ao chocolate amargo, e não

ao chocolate ao leite ou a outras variações

comgrandes quantidades de açúcar.

Um estudo publicado na revista cien-

tífica

British Medical Journal

estabelece

evidências de um possível vínculo entre

o consumo de chocolate e a saúde do co-

Nem vilão, nem mocinho

Giovanna Almeida e Helvânia Ferreira

Pixabay

A menos de dois meses da Páscoa, a

indústria alimentícia se prepara para uma

das datas mais rentáveis do setor. Os fãs de

chocolate agradecem

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http://bit.ly/Jamb1404

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JAMB

MARÇO/ABRIL

2017